Arte Contemporanea Brasileira
1 INTRODUÇÃO
O Brasil acompanha os movimentos artísticos internacionais com um certo retardo, tendo em vista que no exterior, a Arte Contemporânea começa a aparecer em meados de 50.
No Brasil, surge, durante a década de 60, o Tropicalismo, grande crítica à política por meio da arte e suas vertentes. A década de 70 é marcada pelas noções de conceito e tecnologia servindo à arte, enquanto na década de 80, produz-se uma arte alegre e festiva.
Cicillo Matarazzo propôs, durante a década de 50, a realização de uma grande mostra internacional, baseada na Bienal de Veneza. Em 20 de outubro de 1951, a realização da primeira Bienal de São Paulo se sucedeu, tendo 1.854 obras e representando 23 países. Tal acontecimento deu abertura a uma grande movimentação no campo artístico brasileiro.
O sucesso da Bienal de São Paulo resultou em: “50 anos de atividades, 25 edições com a participação de 148 países, 10.660 artistas e cerca de 56.932 obras, num espaço que permitiu a estimulante convivência das artes plásticas, das artes cênicas, das artes gráficas, do design, da música, do cinema, da arquitetura e de muitas outras formas de expressão artística” (ARTIGAS, 2001).
A década marca também o ressurgimento, do Abstracionismo: Geométrico e Informal.
O Geométrico, por sua vez, propõe a ruptura com a arte figurativa, baseando-se no neoplasticismo de Piet Mondrian, sendo adotado em São Paulo pelo Grupo Ruptura, e no Rio de Janeiro pelo Grupo Frente.
O Informal não se organiza por meio de grupos ou teorias, tendo, na verdade, como proposta, a liberdade individual de cada artista para a expressão de sua subjetividade. Não há normas a condicionar a experiência artística; a única regra a ser seguida é a da não-representação, inspiração nas ideias e experiências do pintor Wassily Kandinsky.
O Neo-concretismo foi o movimento das artes plásticas, autenticamente brasileiro, que se iniciou em 1957, no Rio de Janeiro. Alguns artistas relacionam