Arte Conceitual - Kosuth
Tendo suas primeiras influências a partir do início do século XX, com a criação dos ready-made de Duchamp, a arte conceitual se estabeleceu no final da década de 60, como uma resposta ao fundamentalismo. Artistas conceituais questionavam o conceito de “arte”. Em suas obras a ideia, o conceito, e a produção eram mais importantes que o resultado final exibido. A estética, portanto não era em absoluto uma preocupação, pelo contrário, eles buscavam o incômodo ao olhar estético presente na concepção primordial de arte.
A valorização da proposição do artista acima da obra finalizada fez com que diversos trabalhos nem mesmo fossem feitos. Por exemplo, Weiner apenas escrevia sua proposta artística em um caderno de anotações, que mais tarde veio a se tornar público. O motivo para isso era a falta de importância da aparência, do objeto físico aos artistas conceituais. A obra de arte como peça de importância visual e estética decorativa era um conceito fundamentalista que ia contra a indagação conceitual sobre a arte.
Kosuth propõe, em 1969, a partir da arte conceitual, que a arte deve ser vista como tautologia. O que importa à arte, que é ao mesmo tempo seu próprio conceito, é a apresentação da ideia do artista, o momento em que se olha a obra e observa-se que aquela é a apresentação de um dos possíveis conceitos de arte. Não importa um significado por trás da obra, importa que a arte seja feita, ou mesmo apenas pensada, como uma, entre diversas possibilidades do que ela é. Arte porque e pela arte. Ao lado podemos observar uma de suas obras, “Self-Defined” de 1965, que nos remete ao seu pensamento sobre o a arte ser feita como uma definição dela mesma.
Outra característica da arte conceitual, que vai de encontro à expansão das possibilidades dos trabalhos de arte, é a utilização de palavras em suas obras. Uma aproximação da literatura e das artes plásticas. Assim como algumas obras eram apenas a ideia que o artista havia tido,