Arranjos
* Ana Lúcia Coutinho Locks
** Valéria Gouvêa Chanem
Os documentos no Brasil de ontem e de hoje, passaram por fases distintas e por sérias dificuldades, uma vez que o respeito pelos arquivos era inexistente.
No Brasil-Colônia não houve estímulo à produção documentária, pois o centro gerador era Portugal. Na época Imperial começa haver uma maior produção de documentos causados pelo estabelecimento da Família Real. Cria-se o Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, em 1835, cuja função era guardar a documentação gerada por essa administração. No Brasil-República a vida dos arquivos acompanha os processos de centralização e descentralização da vida político-administrativa brasileira.
A partir da II Guerra Mundial com o incremento da massa documental, as administrações tentam desenvolver novos métodos de racionalizar e controlar a documentação, como forma de recuperar as informações, para não haver uma perda da memória.
"Os arquivos são a memória viva das instituições e as guardiães dos documentos significativos para a sua própria identidade" (in:
Revista do Arquivo Municipal de SP, V, 191, jan. a dez. de 1978. pág. 32/33).
Ignorar os arquivos ou permitir a sua destruição é condenar a nação, a instituição ou a pessoa ao anonimato. É não permitir que o cidadão cultue sua história. Pois a documentação contida nos arquivos públicos "são organizados e preservados para: atender à tarefa do governo, desenvolvendo sua eficiência; proteger direitos e privilégios e para preservar recursos culturais "(in: Arquivística
Técnica; Arquivologia ç Ciência, Castro, Astréa de Moraes
Brasília, ABEDE. 1985, 2 V.)
(*) P6s-graduada em História pela UFSC, com Especialização em Organização de Arquivos, pela USP.
(**) Licenciada em História pela UFSC, com Especialização em Organização de Arquivos, pela USP.
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Estão contidas nos arquivos informações preciosas, que se não estiverem devidamente arranjadas, descritas e tratadas