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1 Diante do texto, o autor começa enfatizando as obras criadas e assinaladas num âmbito social e econômico, pois a partir do século XVII surge uma categoria na cultura ocidental, violando as leis da natureza e o próprio aparato jurídico prevalecido na sociedade. A criação de Frankenstein enfatiza justamente essa comprovação de rompimento e transfiguração do impossível e do proibido. E daqueles que são rejeitados da história dando lugar entre o humano e o inumano, questionado pela realidade social e cultural que a sociedade industrial e burguesa viera a constituir. No campo econômico o texto busca notar o processo de declínio politico e econômico da aristocracia, dando uma sensibilidade ao mundo moderno centralizando a ciência e a técnica com uma maior racionalidade pondo para fora o misticismo e a superstição. É notório observar que os saberes humanos confrontam a natureza sendo que cada uma revida a ação de seus opositores como no caso do Frankenstein, a obra não deixa de representar uma visão burguesa sobre a vida e o corpo da aristocracia e das camadas populares, vidas e corpos vistos como marcados pela devassidão, luxúria, e outros aspectos do pecado segundo a religiosidade. Essa ansiedade coletiva diante das transformações históricas objetiva o não dominar e entender as forças que movem o processo de mudanças, diante de uma sociedade que requer cada vez mais a disciplina, que investe na identificação e controle de corpos sem controle, sobre seres sem identidade. As cidades e os campos se povoam na constituição da anormalidade, os indivíduos a corrigir e a partir dessa premissa que a malha das disciplinas serão criadas e definidas na rede de instituições e espaços disciplinares. Sendo que para isso é necessário investimentos de identificação tornando assim o cidadão esquadrinhado, classificado, identificado e governado.

2 O texto aborda vários paradigmas sobre o governo da vida e a vida governada, como na biopolítica que o agenciamento do espaço