Arquitetura
Breve história da teoria da conservação e do restauro
Eduarda Luso
Escola Sup. de Tec. e Gestão, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal Paulo B. Lourenço
Universidade do Minho, Guimarães, Portugal
Manuela Almeida
Universidade do Minho, Guimarães, Portugal
Os monumentos sofrem as consequências das condições atmosféricas e dos diferentes usos sociais que gerações lhe atribuem ao longo dos tempos. Ainda que “restaurar” signifique repor em bom estado algo que perdeu as suas qualidades originais, a aplicação prática deste conceito não é simples. Tal como houve ao longo dos séculos uma evolução e alterações nos estilos usados na arquitectura, com aplicação de novos materiais, novas técnicas de construção e fundamentalmente novas correntes artísticas e arquitectónicas, o restauro também sofreu mutações, com mais intensidade a partir do século XIX. Da mesma forma, a noção de património abarca hoje consensualmente também pequenos edifícios, espaços envolventes, construções rurais e centros urbanos históricos de cidades e vilas.
TEORIAS DA RESTAURAÇÃO (John Ruskin)
John Ruskin foi um escritor e um crítico britânico. A postura de Jonh Ruskin é bem clara, pois o seu pensamento vincula-se ao Romantismo, movimento literário e doutrinário (final do século XVIII até meado do século XIX), e que dá ênfase a sensibilidade subjetiva e emotiva em contraponto a razão. Esteticamente, Ruskin apresenta-se como reação ao Classicismo. Na sua definição de restauração dos patrimônios históricos, ele considerava a real destruição daquilo que não se pode salvar, nem a mínima parte, seria uma destruição acompanhada de uma falsa descrição. Autor inglês do Século XIX, apresentava idéias opostas às de Le-Duc. Defendia a não intervenção nos monumentos antigos, por considerar que quaisquer interferências imprimem novo caráter à obra, tirando sua autenticidade. A partir da visão de Ruskin a história e a condição