Arquitetura
OFFICE FOR METROPOLITAN ARCHITECTURE + INSIDE OUTSIDE: Biblioteca Municipal de Seattle, 2004. Padrões de folhagens pertencentes à flora da paisagem urbana são ampliados e impressos nos carpetes das áreas de leitura do interior do edifício.
Por Luis Felipe Abbud
O trabalho de Petra aborda um repertório amplo e inusitado. Seus adoráveis interiores são elegantes e estilosos e seus jardins repletos de vida, mas em uma investigação mais próxima ambos revelam soluções engenhosas para problemas arquitetônicos.[i]
Brian Eno
O estranhamento do depoimento na contra-capa de um livro de arquitetura de um artista mais conhecido por seus sintetizadores em álbuns de David Bowie e da banda Roxy Music merece certa atenção. Uma breve pesquisa sobre a trajetória de Brian Eno revela sua consagração como um dos inovadores da chamada música ambiente, e seu álbum mais conhecido, Music for Airports, já de cara insinua certa ligação com arquitetura. Dentre suas estratégias metodológicas particulares de gravar sons de pássaros que passavam pela janela de seu estúdio ou produzir músicas enquanto trilhas sonoras para filmes inexistentes em cenários imaginários povoados pela memória coletiva, o músico explorou o som e a imagem como matéria para instalações de arte em galerias. No documentário Imaginary Landscapes sobre a obra do artista, ele explicita sua busca por propriedades arquitetônicas em tempo e espaço dentro do campo auditivo e revela a verdadeira essência de sua missão artística particular:
“(…) eu queria fazer um tipo de música que contivesse nela ‘o longo agora‘ e ‘o grande aqui’. E para mim isso significava que essa ideia de expandir a música até os horizontes. Em termos de espaço, não se está consciente dos limites de música. Eu pensei: eu queria fazer uma música em que não se pudesse saber o que fosse música e o que não fosse”.[ii]
A contextualização inusitada de um comentário de Brian Eno sobre a produção de