Arquitetura

2003 palavras 9 páginas
RESUMO : Um sistema de espaços livres para São Paulo, de MARIA ANGELA FAGGIN PEREIRA LEITE. O texto trata da constituição e dos problemas do sistema de espaços livres da cidade de São Paulo, bem como da atuação do Poder Público municipal e das diretrizes necessárias para o melhor estabelecimento do sistema, com vistas à realização da esfera pública. A cidade de São Paulo, centro da maior metrópole brasileira, tem seu sistema de espaços livres informalmente estabelecido sem diretrizes gerais por parte do Poder Público, originário da organização do tecido urbano, cujo sistema viário produziu suas estreitas calçadas na maioria dos bairros e alargamentos que se constituíram em praças e largos. Os primeiros parques surgem de ações pontuais e desconectadas, diferentemente do Rio de Janeiro, onde a continuidade e a magnitude do tratamento de seus espaços livres se devem à política de embelezamento da paisagem local, graças à vinda da família real no início do século XIX, tendo sido a cidade sede do Reino e posteriormente capital da República. Na capital paulistana são algumas grandes áreas públicas desocupadas que, por iniciativa do Poder Público municipal ou estadual, tornam-se parques como o Parque da Luz e, posteriormente, o Ibirapuera. Ou ainda, graças à aquisição de glebas de proprietários particulares, serão constituídos parques como o Piqueri, Carmo ou Anhanguera. Em síntese, a criação dos parques do município se deu das mais diversas formas, acompanhando o processo de crescimento da São Paulo. Após a implementação da lei federal que dispõe sobre o parcelamento do solo, é gerado um estoque de terras destinadas à implantação do sistema de áreas verdes, áreas institucionais e sistema viário que tentará fornecer às cidades brasileiras uma revisão de suas formas de ocupação e distribuição dos espaços livres. No caso de São Paulo, a ação de empresas privadas como a Companhia City, nas primeiras décadas do século XX, já havia levado à adoção dos critérios

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