Arquitetura
Este trabalho trata da formação da “Megalópole do Sudeste Brasileiro”. Tem-se uma nova entidade urbana no país; não percebida pela população ou institucionalizada pelo Estado, mas praticada cotidianamente. O espaço da megalópole vem se estruturando a partir de interesses da razão econômica, dos capitais hegemônicos, a quem se atrelam, de uma forma ou de outra, os vários agentes sociais: o Estado, os diversos capitais e a população em seus diferentes grupos e classes sociais. A Megalópole tem sua formação relacionada à expansão das atividades fabris da metrópole paulistana para além dos limites oficiais da Região Metropolitana de São Paulo, nos anos 70 do século passado.
Tal expansão é fruto das novas técnicas, sobretudo informacionais e telecomunicacionais, que permitem a dispersão das unidades de produção e a centralização das decisões. Seu território é, no entanto, o resultado dinâmico de séculos da formação sócio-espacial do país, em particular dos estados em que ela atualmente se verifica: São Paulo, Rio de
Janeiro e, mais recentemente, Minas Gerais. A formação das relações urbanas anteriores
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Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) – SP: queiroga@usp.br ao período mais recente de reestruturações produtivas constitui-se no componente inercial que potencializa e especifica a existência da Megalópole do Sudeste Brasileiro.
O presente urbano: um olhar metodológico
Para que se possa compreender a megalópole é necessário apreender o presente; o que, evidentemente, se faz à luz do processo histórico. Só desta maneira é possível reconhecer as especificidades do tempo presente, do período técnico-científicoinformacional que caracteriza o meio, ou boa parte dele. A base técnica atual nos dá os