Arquitetura e urbanismo
OS MESTRES CONSTRUTORES
O PANTEÃO está para a Roma antiga assim como o Parthenon está para a Grécia antiga. Ele representa o ponto alto do projeto e da engenharia estrutural romanos e resume a diferença entre as maneiras grega e romana de construir. O Panteão (118 d-C.-c.128), um gigantesco templo com cúpula, bem no coração pulsante de Roma, talvez tenha sido projetado pelo próprio imperador Adriano. É uma estrutura impressionante, uma obra de construção fenomenal, que faz uso brilhante do concreto, mas que nunca poderia ser descrita como bela. Impressionante, sim; fascinante, naturalmente; mas, enquanto o Parthenon é requintadamente belo, o Panteão, em comparação, é bruto. Por quê? Porque para os romanos a arquitetura era algo muito mais prático que para os gregos. Os romanos conquistaram a Grécia e, embora admirassem e assimilassem muito em termos de vestuário, política, estilo arquitetônico, erudição e cultura geral, seus feitos de engenharia vão além dos da civilização grega anterior com sua elegância e graça.
Os romanos foram os "durões" do mundo antigo: práticos, trabalhadores, belicosos. Conquistaram todo o mundo ocidental conhecido, ligaram suas extensas regiões por meio de uma rede de excelentes estradas e deram às suas grandes cidades água corrente — trazida de colinas e montanhas a mais de 80 km de distância por meio de grandes aquedutos. Ofereceram banhos públicos, lavatórios públicos, esgoto e transporte público. Construíram blocos de apartamentos (insulae ou ilhas) feitos originalmente de madeira e tijolos de barro, mais tarde, de concreto, chegando à altura de oito andares. Fizeram grande uso do aquecimento subterrâneo e, de modo geral, seus edifícios e sua infra-estrutura de engenharia foram superiores aos até então conhecidos e permaneceram insuperáveis muitos séculos após a queda do Império Romano, em 476 d. C.
Construção Plástica
A arquitetura romana refletia sua postura sóbria diante da vida, da construção das cidades e do