Arquitetura e urbanismo
Introdução
O livro História Econômica do Brasil, como sugere o nome, é uma obra cujo referencial teórico é o marxismo, história econômica. A abordagem da obra é ampla, desde o início da colonização até o século XX (1970). A tese central de Caio Prado Júnior está em sua afirmação de que houve um sistema colonial brasileiro, sistema de moldes pré-capitalistas - modo de produção pré-capitalista -, ao qual se refere como “velho sistema” que durou do início da colonização até o final da Segunda Guerra Mundial. No pós-Guerra o país mergulhou definitivamente no sistema capitalista. As forças capitalistas já haviam surgido no período anterior, principalmente entre os grandes cafeicultores paulistas, o autor lembra que as elites emergidas nos períodos anteriores, tais como os senhores do engenho e os grandes mineradores que acumularam grande riqueza, não souberam discernir o novo momento e, portanto, tornaram-se os grandes opositores das transformações que a nova elite necessitava, estes antigos senhores, segundo o autor representam até nossos dias as forças de oposição a qualquer tentativa de transformação de que o país necessita. Outro problema enfrentado para que houvesse um desenvolvimento econômico nacional foi a dependência dos mercados e do capital externo, o que fez com que nossa economia fosse sempre periférica.
História Econômica do Brasil
Caio Prado inicia a obra descrevendo as características geográficas do Brasil e do caráter inicial da formação econômica brasileira, a extração do Pau-Brasil, e do contexto econômico internacional, o capitalismo comercial e a expansão marítima. O inicio da colonização brasileira é associada ao novo momento vivido pelo despertar do capital mercantil na Europa. A extração de matéria-prima do solo colonial atendia as necessidades comerciais européias. O “descobrimento” da América pelos europeus e a conquista de colônias na Ásia inauguraram um novo momento