Arquitetura e Memoria da Ditadura Militar Brasileira

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Como Huyssen, A. bem explicou no seu livro, nos dias de hoje, com o ritmo cada vez mais veloz da vida material, e pelo excesso de informações, a memória do passado, corre riscos de estar fadada ao esquecimento. “Hoje, tanto a memoria pessoal quanto a cultural são afetadas pela emergência de uma nova estrutura de temporalidade, gerada pelo ritmo cada vez mais veloz da vida material, por um lado, e pela aceleração das imagens e das informações da mídia, por outro. A velocidade destrói o espaço, e apaga a distancia temporal.” (HUYSSEN, A., 2000, p.74).
Passadas mais de duas décadas do fim da ditadura militar no Brasil, que em 1985 efetivou a transição, regida e mediada pelo governo militar em “parceria” com representantes civis da política, aparentemente tranquila do regime repressivo para a democracia constitucional, a memória do período permanece e debates sobre o período sempre voltam à pauta nas discussões políticas e na grande mídia. E para melhor reviver e preservar esse passado, tão marcante da nossa cultura, nada melhor do que um espaço que reúna...fatos, testemunhos etc,.. Nesse sentido, o Museu da Resistência e o TUCA são bons exemplos.
Preservar o patrimônio histórico, artístico e cultural, é a única prova das culturas passadas.
“Como indivíduos e sociedades, precisamos do passado para construir e ancorar nossas identidades e alimentar uma visão do futuro.” (HUYSSEN, A., 2000, p.67).
A herança cultural não está somente nos bens naturais, mas também nos monumentos e na arquitetura. O Museu da Resistência (antigo Museu do Imaginário do Povo Brasileiro) e a maioria dos prédios vizinhos, da Pinacoteca ao Centro Paula Souza, foram projetados pelo arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928). Seguem o mesmo estilo e passam a sensação de imponência, sobriedade, resistência e robustez, a mesma imagem que São Paulo começava a passar para o país. Os edifícios são datados do final do século XIX e início do XX, época que marca o início do crescimento paulista. Para a

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