Arquitetura e Limites
prof.: Flávia Oliveira aluno: Marcos Mendes de Freitas Reis
Arquitetura e Limites
Resumo do texto de Bernard Tschumi
Em 1980 e 1981 a revista nova-iorquina de arte ArtForum publicou uma série de três números especiais sobre arquitetura, organizados e apresentados por Bernard Tschumi. O uso do conceito de limite no título da série é significativo. A reflexão pós-estruturalista e desconstrucionista propõe que os conteúdos marginais são mais importantes do que a sua localização sugere.
Limites I
Nas obras de escritores, artistas ou compositores notáveis às vezes encontramos elementos desconcertantes localizados à margem de sua produção, no seu limite: no limite da literatura, no limite da música, no limite do teatro. Tais situações extremas nos informam sobre o estado da arte, sobre seus paradoxos e contradições. Na arquitetura, essas obras “de limite” são não apenas historicamente frequentes, mas também indispensáveis.
Os limites são áreas estratégicas da arquitetura, e sem limites a arquitetura não poderia existir. Há uma distinção entre construção e arquitetura com base no papel do desenho em cada uma: enquanto a arquitetura depende da existência de desenhos e textos, a construção não precisa disso. Edifícios já foram construídos sem desenhos, mas a arquitetura nela mesma vai além do processo de construção. Da mesma maneira que cada forma de conhecimento usa modos diferentes de discurso, há também importantes impressões arquitetônicas que, apesar de não necessariamente construídas nos informam com muito mais exatidão sobre a situação da arquitetura, suas preocupações e suas polêmicas, do que os próprios edifícios de seu tempo. As complexas demandas culturais, sociais e filosóficas que se desenvolveram através dos séculos fizeram da arquitetura uma forma de conhecimento em si e por si.
Essas obras de limite constituem casos isolados, ora celebrados, ora ignorados, em meio à produção comercial dominante,