Arquitetura Românica
Equipes de arquitetos, escultores e canteiros iam de um lugar para outro realizando obras, fato que contribuiu para dar ao românico sua unidade estilística, sem que isso impedisse o aparecimento de escolas locais que se formavam por onde os mestres e artesãos ambulantes, como se semeassem modelos, passavam com sua prática.
As edificações desse primeiro período eram feitas com pedras aparelhadas em blocos de formas regulares. Em alguns casos, a pedra era revestida de mármore de cores diferentes, como no românico italiano, exemplificado pelo conjunto que inclui, em Pisa, o batistério, a catedral, e a famosa torre inclinada.
A planta em cruz latina, de clara origem paleocristã, prevaleceu nas igrejas, que, além de torres, tinham de três a cinco naves terminadas por uma ou várias absides. Plantas de outros tipos, menos freqüentes, foram também adotadas, como a planta circular da ordem dos templários (igreja de Vera Cruz, em Segóvia, Espanha), a planta em cruz grega (Saint-Front de Périgueux, França, com forte influência bizantina), e a planta poligonal, seguida em igrejas da Alemanha (Ottmarsheim) e da Espanha (Torres del Río, em Navarra).
As igrejas românicas impunham-se pela aparência maciça, com a predominância de massas na horizontal. Suas paredes, grossas, tinham poucas aberturas, o que tornava os interiores escuros, compatíveis com um sentido de religiosidade concentrada e mística. Na cobertura, foi muito usada a abóbada de berço ou semicilíndrica, prolongada por arcos transversais de reforço.
A solução dava solidez à igreja, mas exigia apoios resistentes para o grande peso a ser sustentado. Assim, as descargas