Arquitetura renascentista
Palácio de Frederiksborg, Dinamarca.
Este estilo predominou no continente europeu ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, no contexto caracterizado pelo movimento conhecido como Renascimento, que inovou especialmente nos campos cultural e científico. Não é à toa que uma das principais marcas desta arquitetura seja uma distribuição espacial matemática das edificações. Elas são dispostas de modo que as pessoas entendam a lei que as regem e estruturam, seja de onde for que as vejam.
Os arquitetos, neste período, investem-se de uma autonomia cada vez maior, adotando um estilo individual. Eles são fortemente influenciados pelo Classicismo, particularmente pela criação arquitetônica desta época, respeitada como o padrão mais primoroso de todas as produções artísticas e até mesmo da existência humana.
Esta arquitetura primou especialmente pelo resgate da Antiguidade Clássica. Ela procurava aliar a visão de mundo cristã com este universo considerado pagão pela Igreja. Era fundamental que esta opção artística procurasse agradar esta instituição, pois o Renascimento destacava-se especialmente na Itália, marcada claramente pela presença do Vaticano.
Assim, tudo que pertencia ao mundo antigos dos gregos e romanos era aproveitado na concepção arquitetônica renascentista – a busca da Beleza mais perfeita, a disposição ordenada dos elementos de um prédio, a tradução da esfera das idéias nas linhas dos edifícios, os arcos de volta-perfeita, a influência da composição formal da Natureza, vista como modelo de perfeição, a singeleza das obras, a forte presença dos aspectos humanistas, a utilização sistemática da perspectiva, entre outros elementos.
Scuola Grande di San Marco, Veneza.