Arquitetura política e Autogestão
Autogestão
Ingrid Patricia Barbosa
Professora: Carolina Viviane Nunes, Mariana de Sá
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ARQUITETURA E URBANISMO (ARQ15)
25/03/2014
USINA
Esta obra foi integralmente projetada em estrutura metálica e lajes painel, o que permitiu a pré fabricação e o uso de guinchos, reduzindo o esforço dos trabalhadores na execução do edifico. O projeto possui 5 tipologias diferente com um área de 56m2 – sendo uma delas de 3 dormitórios. O sistema de aço que torna independentes estruturas e alvenaria permite planta livres, com vão maiores e paredes que posem removidas ou alterada de lugares.
Os canteiros de obra geridos pelos movimentos populares nas cidades e em assentamentos de reforma agrária, mobilizando fundos públicos para a construção de habitações, escolas e espaços coletivos, foram e talvez ainda sejam lugares de experimentação em diversos níveis.
1964 – Aconteceu um movimento onde universitários e o povo brasileiro, sobretudo arquiteto e assistentes sociais partiram para as periferias e favelas procurando estabelecer um novo tipo de vínculo. Era ainda um período de repressão aberta do regime militar e, por isso mesmo, definia por parte dos movimentos urbanos uma desidentificação com o aparelho do estado, ao mesmo tempo em que demandava deste mais recursos para políticas sociais.
O lema da “autogestão” como alternativa para a organização dos trabalhadores, sempre associado a uma disputa pela repartição da riqueza socialmente produzida, por meio da utilização do fundo público, ocupações de terras e manifestações de todos os tipos, aparece com essa condição histórica peculiar:
Cobra uma política pública e ao mesmo tempo recusa a intervenção do aparelho estatal como agente implementador, assim, um caráter aparentemente paradoxal na reivindicação de uma autogestão que é dependente do fundo público, constituindo um campo de semi-autonomia, altamente conflituoso, que oscila