Arquitetura Moderna
É possível traçar três principais linhas evolutivas nas quais pode-se encontrar a gênese da Arquitetura Moderna. O que une as três linhas é o fato de que elas terminam naquilo que é chamado de Movimento Moderno na Arquitetura, considerado o clímax de uma trajetória histórica que desembocou na arquitetura realizada na maior parte do século XX.
A primeira destas origens é a que leva em consideração que a ideologia arquitetônica moderna está absolutamente ligada ao projeto da modernidade e, em particular, à visão de mundo iluminista. Esta linha localiza o momento de gênese na arquitetura realizada com as inovações tecnológicas obtidas com a Revolução Industrial e com as diversas propostas urbanísticas e sociais realizadas por teóricos como os socialistas utópicos e os partidários das cidades-jardins. Segundo esta interpretação, o problema estético.
Aqui é secundário: o moderno tem muito mais a ver com uma causa social que com uma causa estética.
(Bairro da Encarnação - Lisboa - Portugal - Modelo de Cidade-Jardim, por Ebenezer Howard)
A segunda linha leva em consideração as alterações que se deram nos diversos momentos do século XIX com relação à definição e teorização da arte e de seu papel na sociedade. Esta interpretação dá especial destaque ao movimento Arts & Crafts e ao Art Noveau de uma forma geral, consideradas visões de mundo que, ainda que presas às formas e conceitos do passado, de alguma forma propunham novos caminhos para a estética do futuro.
Uma terceira linha, normalmente a mais comumente entendida como sendo a base do modernismo, é a que afirma que a arquitetura moderna surge justamente com a gênese do movimento moderno, sendo as interpretações anteriores apenas conseqüências desta forma de pensamento. A Arquitetura Moderna surge, portanto, com as profundas transformações estéticas propostas pelas vanguardas artísticas das décadas de 10 e 20, em especial o Cubismo, o Abstracionismo -com destaque aos estudos