Arquitetura moderna no brasil
O Brasil do Modernismo
O país saído do Segundo Império, com o advento da República em 1889, era dominado pelas oligarquias regionais e economicamente sustentado pela monocultura cafeeira. Durante a primeira República, as rigorosas políticas monetaristas controle fiscal e de liberação econômica estavam sob a tutela do capital financeiro inglês.
Desenvolvimentista e conservador ao mesmo tempo, o projeto de modernização brasileiro iniciado nos anos 30 perdurou até o final dos anos 70, quando chegou o fim do regime militar.
A arquitetura moderna brasileira seria, sem dúvida, um dos seus mais eficientes emblemas, trazida a campo exatamente no momento em que a revolução modernizadora e centralizadora agoniza em direção ao autoritarismo da ditadura Vargas (1937), modernizador também ele próprio. Inserida numa sociedade que, no intervalo de poucas décadas, teria que saltar de organização escravocrata e arcaica a Estado moderno, centralizado autoritário, a arquitetura moderna cumpriria uma função ideológica fundamental.
Ditadura na Arquitetura
A arquitetura brasileira é famosa, mas esta fama repousa sobre o trabalho de poucos arquitetos – Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Afonso Reide e um dois outros, cujos projetos foram construídos em meados do século XX.
De fato, desenvolver uma crítica da arquitetura moderna no Brasil seria impensável- pois desde o princípio, tal modernismo havia sido reconhecido como genuinamente nacional. Como Banham afirmou em 1962, o Brasil foi o primeiro país a criar “um estilo nacional de arquitetura moderna”. A partir de 1920, o desenvolvimento do modernismo em todas as expressões artísticas brasileiras ficou ligado à busca de um projeto nacional; qualquer crítica a este projeto era encarada como uma traição à pátria. A censura e o medo das perseguições puseram fim à crítica, e muitos arquitetos alinhados com a esquerda foram exilados (como o próprio Oscar Niemeyer) ou forçados a parar de trabalhar.
Uma das