Arquitetura em Revista
As revistas de arquitetura exercem grandes influencias nas novas tendências, nas praticas dominantes e nos valores profissionais, logo podemos dizer que elas são grandes ditadoras de moda e consagradora de profissionais. Com mercantilização da arquitetura os edifícios passam a ser tratados como objetos de consumo, cuja organização e aparência seguem as últimas modas ou ‘’tendências’’. A maneira como vem sendo editadas fez das revistas algo programático de maneira supostamente plural e neutra. Com uma ausência de criticas e uma quantidade enorme de anúncios, propagandas as revistas tornam-se vitrines para os autores e suas obras, os textos que acompanham os projetos são em sua maioria promocionais e não informativos. Muitas vezes enviados a edição das revistas pelos próprios autores, e são publicados sem qualquer edição critica. Estes textos não nos formulam uma ideia de bom ou ruim apenas apresenta-se de uma maneira neutra. Caberia às revistas exercerem este papel de decidir o que e bom, e fazer a separação, escolher o que deve ser apresentado ao leitor, já que todos os projetos são apresentados de forma positiva e promocional. É notório que o ser humano tem uma grande necessidade de agradar ao outro, isso faz com que se tenha medo de criticar, o sucesso e alcançado quando se agrada uma parcela maior, dessa forma a pluralidade que as revistas acaba sendo uma exigência do mercado em busca do sucesso. Desprovida de critica as revistas alternam entre uma reprodução sistêmica dos valores dominantes e dos profissionais já consagrados, e antecipar o novo. Ao analisar as publicações de 3 revistas especializadas, ao todo 36 exemplares 12 de cada podemos concluir que os projetos de edifícios culturais, corporativos e comerciais estão no topo da lista, enquanto infraestrutura urbana e edificações habitacionais, de saúde, educação e praças publicas são expressivamente menores. A maioria das transformações urbanas contemporâneas consiste em