Arquitetura egipicia
Neste artigo são apresentadas algumas características gerais da arquitetura egípcia, suas relações com aspectos formais e simbólicos, principais métodos e sistemas construtivos, os avanços técnicos em relação à arquitetura primitiva e uma análise de alguns templos importantes. Serão feitos ainda alguns apontamentos sobre a arquitetura de adobe na mesopotâmia.
Se analisarmos o caráter dos templos reais da civilização egípcia percebemos que a construção simbolizava a recriação para o rei morto da vida que ele levava na terra. Templos como as pirâmides tinham um caráter predominantemente funerário. As tumbas eram construídas basicamente por motivos religiosos, e o esforço para sua execução suplantava até mesmo as necessidades de construção de habitações para a população. Nos seus rituais de inumação, os egípcios envolviam os corpos em esteiras e os colocavam com a cabeça orientada para o quadrante sul. (prescrições religiosas ao culto solar). A idéia primitiva da existência de uma divindade e de uma vida após a morte é um fator decisivo e marcante das obras de arquitetura egípcia. A idéia de reencarnação da alma irá condicionar quase todas as formas de desenvolvimento das construções, gerando impactos decisivos na linguagem, orientação, decoração, técnicas de construção, proteção, etc. A exemplo do símbolo da serpente que morde a própria calda, podem encontrar símbolos diversos que trazem as idéias de vidas sucessivas implantados nas faces das edificações. As principais divindades eram retratadas na figura do Deus Sol (Rá = representado por um sol alado) e Horus (o sol nascente). A doutrina esotérica egípcia é baseada na ressurreição e no renascimento. Eram extremamente preocupados com a orientação solar das edificações: o que definia o posicionamento era fundamentado no conceito de "força vital" emanada pelo sol, que deveria continuar a ser captada pelo morto durante certos períodos do ano.
O processo de mumificação pode ser entendido como