arquitetura da felicidade e a casa moderna
A força demonstrativa de Gropius, de Miles van der Rohe e de Le Corbusier é o efeito acumulado de muitos anos de obstinado trabalho contra a corrente. A importância do seu esforço pode ser avaliada se considerarmos a imensa diferença entre o ponto de partida e o ponto de chegada: quando os três mestres começaram a trabalhar, há cinqüenta anos, decorria ainda a batalha entre arquitetura tradicional , sujeita a imitações dos estilos históricos, e a arquitetura de vanguarda, que se queria libertar desta sujeição acentuando a liberdade das opções artísticas. Com inflexível paciência, os três mestres trabalharam para derrubar esta montanha de passividade e para tornar possível os contrastes entre as tendências, ou seja, para fundar uma outra arquitetura, baseada numa nova escala de valores.
Na obra “Arquitetura da felicidade”, de Alain de Botton, a arquitetura é trabalhada sob o ponto de vista da filosofia e da subjetividade, dando importância aos sentimentos trazidos da relação do homem com o objeto construído. A arquitetura modifica o modo como o homem vive e como ele se vê. A função da arquitetura é transformar algo útil e prático em algo belo, uma vez que apenas o detalhamento construtivo dos engenheiros não é suficiente para causar o impacto e as impressões que o decorativo pode trazer.
Para Le Corbusier, o objetivo da sua obra sempre foi bem claro: não se trata de modificações da forma dos edifícios no quadro da cidade tradicional mas antes da invenção de uma cidade diferente, independente das limitações postas pelo passado. A procura de novos padrões para a organização das funções da cidade e das duas variações, de modo a proceder a sua adaptação à medida que se vão dando transformações.
Alain de Botton investiga o