Arquiteto camilo sitte
No período industrial a Europa (posteriormente o resto do mundo) sofria uma intensa mudança nas condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições miseráveis se comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Estes trabalhadores viviam em moradias sem nenhum requinte de conforto e higiene, como os cortiços. Neste contexto surgem os pensamentos de Camilo Sitte, (Viena, 17 de abril de 1843 — Viena, 16 de novembro de 1903), um arquiteto e historiador da arte, austríaco, diretor da Escola Imperial e Real de Artes Industriais de Viena, para solucionar problemas dos modos de vida do período industrial, focando seu trabalho no movimento sanitarista, higienista e na adequação da cidade industrial.
Sitte foi o autor do estudo urbanístico: Construção das Cidades Segundo seus Princípios Artísticos ("Der Städtebau nach seinen künstlerischen Grundsätzen"). Neste livro, através de uma análise das cidades na história, Sitte propõe reavaliar a cidade através de seus espaços existentes, principalmente suas praças. Ele tratava a cidade como uma obra de arte, e não como local que deveria atender somente às necessidades técnicas,mas um espaço com diversidade de lugares, visto como uma somatória de fragmentos: “[...] seus inúmeros exemplos de plantas de praças, pedaços recortados de um tecido urbano mais vasto, em vez de perspectivas em vôo de pássaro, ou as plantas do conjunto da cidade reunindo dados diversos.” (ANDRADE, 1992 p. 4) . Segundo Françoise Choay[1] seu objetivo foi o de "polemizar contra as transformações de Viena e o planejamento do Ringstrasse [ ² ].
Neste período de industrialização européia, final do século XIX, foi também a época de grandes pensadores como Marx, Le Corbusier, Haussman, entre outros. Os trabalhos de Camilo Sitte foram grandes influenciadores no surgimento do urbanismo como