ARMINDA
Passou por vários bares e restaurantes pedindo por comida, mas nenhum restaurante lhe dava, pois era uma escrava. Até que depois de duas horas e meia procurando por alimento, um bom senhor a viu reparou que estava grávida e gritou:
- Ei você, venha cá!
Arminda estranhou e foi até o homem, que lhe deu três pães. O homem, curioso perguntou se ela era uma escrava, ela afirmou, agradeceu e continuou a correr procurando por um lugar para passar a noite, após alguns minutos achou uma ponte onde poderia se proteger dos males da noite. Procurou no lixo algo para se deitar.
De manhã, quando acordou percebeu que havia caçadores de escravos a sua procura então partiu. Durante a fuga encontrou um escravo fugido, que estava à busca de suprimentos para o quilombo em que se residia. O escravo a levou para o quilombo, onde foi muito bem recebida. Lá recebeu comida e abrigo, a noite quando estava indo se deitar ouviu um escravo:
- Ainda? É você?
- José?
- Sim. Arminda meu amor, que saudade. Você está gravida?
- Sim, estou. Esse filho é seu!
- Meu? Isso é fantástico!
- Só tem um pequeno problema, um homem chamado Candido está atrás de mim. E ele acha que o filho é dele.
- Não se preocupe, eu te protejo.
Cândido continuava a procurar Arminda na cidade, perguntou a todas as pessoas por quem passava até que apareceu aquele “bom senhor”, que disse que havia ajudado uma escrava no dia anterior.
Cândido seguiu até que viu um homem catando lixo. Coincidentemente era um escravo que viva no mesmo quilombo em que Arminda estava. Cândido se aproximou e disse que se ele o levasse até o quilombo ele lhe daria dinheiro e o deixaria fugir. O escravo