Ariès, P. História Social Da Criança e da Família
“De fato, foi nessa época que se começou realmente a falar na fragilidade e debilidade da infância. Antes, a infância era mais ignorada, considerada um período de transição rapidamente superado e sem importância. Essa ênfase dada ao lado desprezível da infância talvez tenha sido uma consequência do espirito clássico e de sua insistência na razão, mas acima de tudo foi uma reação contra a importância que a criança havia adquirido dentro da família e dentro do sentimento da família. (Áriès, 1981.p. 85)
2- Comentário
Foi nessa época que a criança começou a ser vista como um ser frágil, que requeria cuidados especiais, ela precisava ser cuidada, educada, e precisava também de afeto. Antes a infância era desprezada, e era vista como um período sem importância uma passagem a ser superada rapidamente. As crianças eram vistas pela sociedade, como seres adultos não havia nada que os distinguissem, as crianças exerciam o mesmo trabalho que o adulto, usavam o mesmo traje, não havia naquela época algo que caracterizasse a infância. Esse sentimento de desprezar a infância era existente já á um tempo e vieram de um habito já antigo. Então a partir de um certo momento a criança começou a ser valorizada e reconhecida como uma parte importante da família, onde a criança necessitava de cuidados. A infância conquistou um espaço na sociedade, passou a ser valorizada e reconhecida, começou a ser vista como membro importante da família, enfim passou a existir o sentimento de infância.
3- Referência
Ariès, P. História Social Da Criança e da Família. Rio de Janeiro: LTC,1981.