Aristóteles - Bobbio
Bibliografia:
BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. Brasília: Editora UnB, 1984.
Capítulo III – ARISTÓTELES:
Em “A teoria das formas de governo”, Norberto Bobbio analisa didaticamente as principais propostas políticas e governamentais discutidas ao longo da História. No terceiro capítulo, Bobbio expõe as principais ideias do filósofo grego Aristóteles, contidas principalmente nos livros de “A Política”, sua obra que trata das formas de governo e da ação humana em busca do bem comum. Ao longo do desenvolvimento de seu pensamento, Aristóteles classifica e analisa diversas formas de governo, a origem do Estado, as mudanças de constituição e as melhores formas políticas.
Bobbio inicia o capítulo enunciando que a Teoria Clássica das Formas de Governo é conhecida assim por ter sido repetida por séculos sem variações. Nessa teoria, inclui-se o pensamento aristotélico de política: a “Politeia” seria a forma de governo, o que seria posteriormente tratado como “Constituição”, uma estrutura que ordena a polis e garante o funcionamento da autoridade, ordenando cargos públicos. Nota-se tal pensamento na seguinte passagem da obra:
“"A constituição é a estrutura que dá ordem à cidade, determinando o funcionamento de todos os cargos públicos e sobretudo da autoridade soberana"
Contudo, Bobbio efetua um contraponto às ideias de Aristóteles ao compará-las ao mundo atual. Embora, grosso modo, ambas as ideias possuam correspondência, a ideia de Constituição, por exemplo, hoje engloba também o conceito de lei fundamental de um Estado e o das relações recíprocas entre os cidadãos. Essa análise é importante principalmente ao estudioso da política, que, de acordo com Aristóteles, deve descrever e classificar as diversas constituições. Bobbio progride com a linha de pensamento ao transmitir o que Aristóteles considerava constituições corretas e constituições incorretas. A seguinte passagem elucida bastante o tema em questão:
"Como