aristoteles
PINTURA:
São João Evangelista, no Evangelário do abade Wedricus
Iluminura de Mestre Hugo, século XII.
Frescos na Igreja de St-Jacques-des Guérets (Loir-et-Cher).
A pintura do românico não teve um desenvolvimento súbito e revolucionário, tal como aconteceu na arquitectura românica. Ela seguiu a tradição pictural, sobretudo nas iluminuras de manuscritos (como o do Evageliário de Corbie) e praticou-se, sobretudo, em duas modalidades:
Pintura de grandes dimensões, utilizada na decoração de interiores, principalmente nas igrejas;
Pequena pintura, para ornamento e ilustração em livros: iluminuras.
Existiu nas seguintes formas: frescos retábulos mosaicos A temática dominante é a religiosa, tal como na escultura. É a narração de feitos bíblicos e religiosos como a vida de Cristo. As técnicas formais e estilísticas empregues variam consoante as regiões. Isto deve-se ao ensino do artista nas escolas ou oficinas em que mestres de gerações diferentes ensinavam a arte.
A diversidade formal e técnica da pintura do românico é identificada por: a prevalência do desenho; a falta de rigor anatômico nas figuras, representadas com proporções disformes e deformadas com tendência para a geometrização dos corpos; as posições demasiado desarticuladas; as cores aplicadas a cheio, ou seja, planas e sem sombreados ou outros efeitos; os cenários são abstractos e sem grande importância e cuidado, normalmente são lisos ou inexistentes; as composições são geometricamente complexas e desorganizadas; as cenas dispostas da esquerda para a direita, de cima para baixo e ajustadas, por vezes separadas por frisos com motivos geométricos e naturalistas.
Estas características não conferem realismo, mas antes, um poder simbólico e sobrenatural.
Exemplos marcantes da pintura do românico são:
Pinturas e mosaicos de Pietro Cavallini, que prefigurou o naturalismo de Giotto. Ele atuou principalmente em Roma, e Giotto, no começo da carreira, teria ali