aristoteles
Com a ascensão de seu aluno, Aristóteles deixou a Macedônia e retornou para Atenas. Ali fundou sua própria escola, o Liceu. Com a morte de Alexandre, doze anos após fundar sua escola, Aristóteles resolveu deixar a cidade, pois era macedônio e temia que os atenienses o matassem. Foi para a ilha de Eubeia e faleceu ali dois anos depois.
Apesar de existirem diversos escritos de Aristóteles, muito do que ele escreveu se perdeu. Foi a partir de alguns fragmentos de seus escritos que sua obra foi organizada. Foram juntados textos por assunto para compor o corpo de seus escritos. É certo que a forma de compreender e juntar seus escritos tem sido debatida por estudiosos.
Do que restou de seus escritos, podemos encontrar Aristóteles investigando o “ser enquanto ser”. Tal investigação sobre o que são e como são as coisas é fundamental para poder compreender o mundo. Nesse sentido, a sua metafísica discorre sobre princípios que garantam a realidade das coisas, como: o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. Além dos princípios, Aristóteles aponta quatro causas que fazem as coisas serem o que são: material, formal, eficiente e final.
É interessante notar que Aristóteles visa superar Platão, seu mestre. Assim como pensa que a essência das coisas está nas próprias coisas, diferente de Platão que pensa nas coisas como cópias de ideias perfeitas, Aristóteles pensa de modo diferenciado assuntos como ética e política.
Em ética, Aristóteles discorda da ideia platônica que via as paixões humanas como negativas e que precisavam ser controladas pela razão. Para ele, as paixões humanas não são nem boas e nem ruins. Ruim é quando as paixões são viciosas, isto é, quando estão em excesso ou em falta. Ter raiva de alguém não é ruim, por exemplo, pois ruim é aplicar em determinada situação mais raiva do que o necessário ou menos raiva do que o necessário. Nesse sentido, Aristóteles pensa que