2. Para Platão, seu plano para melhorar a política após a morte de seu mestre, Socrátes, seria reformular a política presente com um projeto político-pedagógico (aprendizado e condução dos homens à Verdade e o Bem). A corrupção, em sua visão, era um reflexo das características dos homens que comandam qualquer tipo de regime político, logo para chegar ao governo pleno e correto deveria ter-se homens com ápice de conhecimento (Ideia do Bem), porém, se os homens são corrompidos, jamais haverá um governo “perfeito”, assim tendo sempre um ciclo fechado de governos corruptos. O ciclo começa-se com a Timocracia (governo sobre as glorias e honras militares) para a Oligarquia, a qual seria um governo das elites do governo anterior usando o poder para enriquecer-se, logo exercido pelos ricos para os ricos. Essa fadada ao fracasso pelas possíveis rebeliões dos pobres explorados origina-se a Democracia. A democracia é conduzida pelo grande número de indivíduos até então excluídos pelos dois antigos governos, mas isso não garante a perfeição do governo já que quando todos buscam a perfeição pode ocorrer o erro coletivo (liberdade, mas sem sabedoria). Logo ao corromper-se, engrenará a Tirania, a qual é originada pela má-organização do governo antecessor e uma minoria fortemente interessada no poder para defender seus interesses, embora a figura do demagogo (protetor da minoria) apareça para restabelecer a ordem. Percebe-se, então, uma inevitável tendência à corrupção, pois os governos degeneram porque são imperfeitos desde seu fundamento, por isso que só o “governo perfeito”, o qual seu alicerce é o saber, estaria seguro. Para seu sucessor, Aristóteles, o bom governo é movido pelo interesse público, logo o poder político tem que permanecer às instituições. Por isso que a constituição política é uma estrutura que orienta o exercício do poder e em que direção ele (poder) tomará. O regime republicano, para Aristóteles, seria o melhor exemplo para com seu