Aristoteles e o pitagorismo
Explicação do testemunho dado por Aristóteles na sua obra, Metafisica, no fragmento 986 a 21 – 986 B1, sobre a tábua dos opostos, proveniente da doutrina pitagórica.
No fragmento retirado da obra Metafisica, 986 a 21 – 986 b1, Aristóteles afirma que para os pitagóricos o número é o devir, o princípio das coisas, é a sua arché. De facto os pitagóricos dedicaram-se ao estudo dos números acreditando sempre que eram o princípio das coisas ao invés da água, do ar ou do fogo. Aristóteles afirma que para os pitagóricos o número é o princípio das coisas, assim como é a causa das suas modificações e dos seus diversos estados, que os elementos do número são o par e o ímpar, o impar é finito, o par é infinito, a unidade possui características de ambos porque é ao mesmo tempo par e ímpar, e que todo o céu é composto de números.
Neste fragmento Aristóteles afirma que existiam outros pitagóricos que admitiam a existência de 10 princípios, colocados em pares, na seguinte ordem:
Limite IlimitadoImpar ParUno MúltiploDireito EsquerdoMacho Fêmea Imóvel Móvel Recto CurvoLuz TrevasBom Mau Quadrado Retângulo
Estes dez princípios formam a tábua dos opostos, onde a primeira coluna, denominada por Limite, representa a perfeição o Uno.
Aristóteles refere-se ainda à doutrina, às ideias de Alcméon de Crotona , afirmando que são muito próximas das ideias dos pitagóricos, não tendo a certeza se foram os pitagóricos que influenciaram Alcméon ou o contrário. Alcméon afirma que a maioria das coisas humanas ocorrem de uma forma dual, aos pares, mas que representam oposições definidas, mas ocasionais como por exemplo, branco e preto, tendo exposto outras oposições indefinidas.
De ambas as escolas, podemos concluir que os contrários são os princípios de todas as coisas e de uma das escolas quantos e quais são os esses princípios. Mas, nada disseram, como que se podem aplicar estes