Arist Teles Metaf Sica
A obra de Aristóteles, Metafísica, inicia-se com a famosa frase: “Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer”. O autor diz-nos que a memória, que não é mais do que a capacidade de recordar a experiência, é o que diferencia o homem dos outros animais, do mais inteligente e do menos, pois discrimina três graus do conhecimento sensível nos animais irracionais. O primeiro é próprio dos animais que somente vivem a experiência presente, o segundo dos que podem conservar a experiência passada mas não ouvem, e o terceiro dos que ouvem, possuem memória e podem ser domesticados.
Para além de possuir características, ao nível do conhecimento sensível, que a distingue dos outros animais, a espécie humana tem também a arte e o raciocínio.
Segundo Aristóteles, na prática, a experiência em nada difere da arte, porque a experiência é o conhecimento do particular e a arte o conhecimento do universal - e o geral diz sempre respeito ao singular. O autor mostra-nos que o desejo de saber é natural e que a verdadeira ciência é a que resulta do conhecimento teórico, especulativo, não-prático e cujo objeto é o saber das causas ou razão de ser. A ciência deste saber constitui a sabedoria ou filosofia.
Estabelecida, assim, a existência da ciência (ou sabedoria), Aristóteles caracteriza-a como sendo a ciência das causas primeiras, teórica por excelência, eminentemente livre, divina, a mais digna de apreço e gerando a sua aquisição um estado de espírito contrário ao da ignorância. Sendo, esta, considerada ciência por possuir as seguintes componentes: objecto, método, conceitos e causas.
Na Metafísica são-nos apresentadas várias causas existentes no mundo e os seres-vivos e os objetos são resultado de pelo menos quatro: a forma, ou causa formal, que nos dá a capacidade de perguntar “o