Arigo cientifico
Desvio de conduta lidera denúncias contra militares
Corrupção, desacato e peculato respondem por metade dos crimes investigados no ano passado pela Justiça Militar
Maira Monteiro - Repórter - 25/02/2011 - 10:16
Maurício de Souza
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Balconista teve fuzil apontado para o rosto na noite do crime
Quase metade das denúncias oferecidas no ano passado à Justiça Militar de Minas Gerais se refere a delitos que envolvem desvios de conduta, como corrupção. A informação consta em um relatório que o Hoje em Dia teve acesso com exclusividade. O documento foi produzido pela corregedoria do órgão.
Em um ranking feito a partir das denúncias oferecidas pelo Ministério Público, 224 dos 474 militares acusados por algum crime teriam cometido delitos como peculato, prática de servidores públicos que se beneficiam de forma ilegal do cargo que possuem. Em segundo lugar na lista, aparece casos como tentativas de homicídio e lesões corporais, com 125 denúncias oferecidas. Logo em seguida, estão crimes contra o serviço e o dever militar, que englobam abandono de posto e deserção.
O documento ainda aponta que, no final do ano passado, 203 policiais ou bombeiros cumpriam algum tipo de pena no Estado. Destes, 138 estavam presos. Outros 75 militares esperavam por julgamentos em batalhões e 17 eram considerados foragidos.
Uma das denúncias feitas referia-se ao caso de um sargento da PM preso após furtar dois bombons em um supermercado da capital. Em dezembro passado foi negado ao acusado, em segunda instância, o direito de responder em liberdade ao processo. “A sociedade, de um modo geral, acha que a Justiça Militar protege os réus, mas isso é um engano. A maioria dos militares, se pudesse escolher, pediria pela avaliação da Justiça comum”, disse o chefe de gabinete do Tribunal de Justiça Militar, coronel João Bosco da Costa Paz.
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A Justiça Militar é responsável há 73 anos por processos que envolvem membros do Corpo