Argumentação
Os profissionais da área jurídica ganham a vida (ou pelo menos ganhavam) argumentando. E por que o verbo no passado (ganhavam)? Por que hoje se está voltado muito mais para se conseguir bons acordos. Mas bons acordos só são conseguidos, inquestionavelmente, com bons argumentos. A retórica (que é a ciência que estuda a argumentação) era na idade clássica e no período medieval o que basicamente os advogados estudavam, era o foco principal. Mas o direito positivo (que é o direito institucionalizado pelo estado, que é a ordem jurídica obrigatória em determinado tempo e lugar e que não é necessariamente escrito, ou seja, não é feito apenas de regras escritas, os costumes, que em geral são transmitidos oralmente, também são direito positivo, assim como a doutrina, a jurisprudência e toda a legislação vigente) isso é direito positivo e ele se tornou muito extenso.
A ideia do juspositivismo entende que uma norma não é válida se não é justa, ou seja, se existe ou não como regra jurídica dentro de um determinado sistema jurídico, assim ela deve: Emanada de autoridade competente ou autorizada, estar em vigor e ser compatível com outra.
Então, a ideia desse juspositivismo no pensamento jurídico por muito tempo somado ao crescimento excessivo da lei escrita, levaram a reformulação do ensino jurídico, que era basicamente o estudo da retórica. Depois dessa reformulação os advogados são formados estudando praticamente direito positivo e a retórica ficou para os filósofos. A consequência disso é que sem o estudo dessa ciência se ficou com uma deficiência na formação, pois se conhece bem o direito positivo mas não se consegue traduzir esse conhecimento, e é justamente essa tradução que vai fazer com que o profissional tenha sucesso. O sucesso vai acontecer não porque o profissional estava com a razão, mas porque ele argumentou melhor que o outro. Se dois advogados tentam convencer o juiz de que sua tese é verdadeira, o juiz só pode escolher uma e