Argumentação
Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia.
Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela.
Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos.
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito de determinado assunto.
A argumentação não age sobre evidências. O que é evidente não necessita nem de demonstração nem de apresentação de argumentos a favor ou contra. A argumentação não pode ser a afirmação da verdade, porque todo o verdadeiro diálogo nunca esgota a possibilidade de investigação da verdade. Na crítica pós-estruturalista, assume-se que toda a leitura de um texto é impossível de ser definitiva e que o sentido de um texto jamais pode ser determinado ou fixo. Da mesma forma, a argumentação não pode partir do pressuposto de que uma conclusão retórica seja, por definição, a conquista de uma verdade universal. Argumentar é procurar coerência onde existe dúvida, é descortinar sentido num paradoxo, mas também pode ser dar sentido a uma absurdidade ou a