Argumentativa De Textos

Argumentativa de Textos
- Dimensão discursiva do trabalho filosófico
- Filosofia, Retórica e Argumentação
Ambos os textos falam sobre a fundamentação da ação humana. Porém, cada um dos autores defende uma teoria diferente sobre o que torna uma ação numa boa ação.
Para Kant, a moralidade não tinha apenas a ver com aquilo que se faz, mas também com o porque se faz. Os que fazem o que é correto não o fazem simplesmente devido ao que sentem: a decisão tem de ser baseada na razão, que nos diz qual é o nosso dever, independentemente daquilo que possamos sentir. Kant pensava que as emoções não deviam fazer parte da moralidade. Ter ou não ter emoções é, em grande medida, uma questão de sorte. Ser bom deve ser algo que qualquer pessoa sensata pode alcançar graças as suas próprias escolhas.
Para Kant, ajudar um jovem porque sabe qual é o seu dever é uma ação moral. É a ação correta porque é aquilo que toda a gente na mesma posição deveria fazer. Se uma pessoa fizer alguma coisa só por causa daquilo sente, isso não se trata de uma boa ação. Por exemplo, imagine uma pessoa que sentisse repugnância quando visse o jovem, mas que, ainda assim, o ajudasse por sentido de dever. Para Kant, essa pessoa seria obviamente mais moral do que outra qua agisse por compaixão. Isto porque a pessoa repugnada estaria claramente a agir por sentido de dever, enquanto as suas emoções o impeliriam na direção oposta, encorajando-o a não ajudar. Se a mesma pessoa ajudasse o jovem como meio de obter alguma coisa, um meio para um fim, também não seria uma boa ação.
Kant achava que nunca se devia mentir, em circunstância alguma. É sempre moralmente errado, não há exceções nem desculpas. Isto porque não se poderia estabelecer um princípio geral segundo o qual toda a gente deve mentir sempre que fosse conveniente. Todos temos o dever absoluto de dizer a verdade ou, como Kant diz, um imperativo categórico de fazer isso. Um imperativo é uma ordem. Os imperativos categóricos opõem-se aos imperativos