Argentina: o país das repetidas crises
Por : Vítor Rosa
Na crise atual, com o país comandado pela excêntrica Cristina Kirchner, problemas iniciados em 2001 e medidas retrógradas para conter a inflação tem posto em xeque o governo do país vizinho ao Brasil
A crise na Argentina não é apenas econômica. É, acima de tudo, política. O país dos hermanos hoje vive o medo de um passado recente de incompetência, a tensão de uma imprensa que trava uma batalha diária com o atual governo e de uma população com o orgulho ferido e assombrada pelos vizinhos brasileiros.
Para entender o que ocorre no país vizinho, é necessário relembrar dos acontecimentos que marcaram as gestões anteriores a da atual presidente, Cristina Kirchner e salientar que esta crise é a sétima desde 1975.
O ano de 2001 foi o ponto máximo da crise no país de Maradona. Naquele ano, com o então presidente Adolfo Rodríguez Saá, após a renúncia de Francisco De La Rúa, a crise argentina ocasionou um dos poucos calotes já dados por um país em organismos multilaterais como FMI e Banco Mundial - algo antes só experimentado por países como Libéria e Vietnã e que só é superada atualmente pela Grécia.
O que foi à época um dos maiores fiascos para o povo argentino, não se refletiu tão diretamente na economia argentina. Apenas quatro anos depois, em 2005, com o plano de renegociação da dívida já em curso, inicia-se um período de forte crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina. Esse momento economicamente positivo dura até 2011, em um momento de recuperação inesperado para especialistas e alentador para a população.
Nesse meio tempo, Nestór Kirchner em 2003, e sua esposa Cristina Kirchner, em 2007, foram eleitos presidentes do país. Com um modo de governo semelhante ao antigo populismo, os Kirchners são parte de grande relevância na história dos vizinhos brasileiros.
Cristina, como um líder populista, é idolatrada por muitos e rechaçada por outros tantos. Tamanha dicotomia se dá graças a algumas