Giulio Carlo Argan in Arte Moderna Tema comum a toda a arte neoclssica a crtica, que logo se torna condenao, da arte imediatamente anterior, o Barroco e o Rococ. Adotando a arte greco-romana como modelo de equilbrio, proporo, clareza, condenam-se os excessos de uma arte que tinha sua sede na imaginao e aspirava despert-la nos outros. Como a tcnica estava a servio da imaginao e a imaginao era iluso, a tcnica era virtuosismo e at trucagem. A teoria arquitetnica de Lodoli, a crtica da arquitetura de Milizia, mesmo antes da imitao dos monumentos clssicos, pregam a adequao lgica da forma funo, a extrema sobriedade do ornamento, o equilbrio e a proporo dos volumes a arquitetura no deve mais refletir as ambiciosas fantasias dos soberanos, e sim responder a necessidades sociais e, portanto, tambm econmicas o hospital, o manicmio, o crcere etc. A tcnica, por sua vez, no mais deve ser inspirao, habilidade, virtuosismo individual, mas um instrumento racional que a sociedade construiu para suas necessidades e que deve servir a ela. A primeira Esttica de Baumgarten, em 1735 sua problemtica encontrar um amplo desenvolvimento na obra filosfica de Kant e sobretudo na de Hegel. A esttica algo muito diferente das teorias da arte, s quais correspondia uma prxis e, portanto, pretendiam estabelecer normas e diretrizes para a produo artstica. A esttica uma filosofia da arte, o estudo, sob um ponto de vista terico, de uma atividade da mente a esttica, de fato, se situa entre a lgica, ou filosofia do conhecimento, e a moral, ou filosofia da ao. tambm, notoriamente, a cincia do belo, mas o belo o resultado de uma escolha, e a escolha um ato crtico ou racional, cujo ponto de chegada o conceito. No se pode, contudo, dar uma definio absoluta do belo como a arte que o realiza, s se pode defini-lo enquanto realizado pela arte. verdade, porm, que se faz uma distino entre o belo da arte e o belo da natureza, mas as duas formas do belo esto em estreita relao como a arte, por definio,