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O AUTOR E O CONTEXTO DA OBRA A obra que aqui será referida tem autoria do historiador, teórico de arte e pensador Giulio Carlo Argan. Seguidor de Venturi, inclusive substituindo-o na Universidade de Roma, o autor buscava compreender a essência da arte, seu caminho e sentido na história, assim como faziam seus contemporâneos pensadores. Acreditava que o dever do historiador é pesquisar a fim de entender os fatos que propiciaram os fenômenos artísticos, tendo em mente que eles não acontecem ao acaso e não só transmiti-los, e também por cada fato em sua ordem cronológica, não sendo possível então escrever história enquanto ela se passa, como disse o próprio Argan. O livro “Arte Moderna” foi escrito como uma continuidade de 3 volumes anteriores escritos pelo autor de título: “História da Arte Italiana”. Aquele não recebeu o mesmo nome destes, sendo um quarto volume, uma vez que a arte moderna não tem mais como condição básica a arte na Itália. Esta tem seu ponto de início no Iluminismo e Revolução Industrial que chegaram tardiamente à Península Itálica, mantendo por mais tempo o sistema artesanal. Não se tratando de gosto pessoal, a arte moderna está relacionada fortemente à filosofia de Argan que concebe esta tendo valor na sua produção, a arte sendo fundamentada como trabalho. "Com a industrialização, esse sistema (artesanal) entra em crise e a arte moderna é a própria história dessa crise." - Giulio Carlo Argan
O CAPÍTULO 1 – Clássico e Romântico Baseada na relação e ao mesmo tempo oposição desses dois termos clássico e romântico está a Arte Moderna. Estas fazem referência a dois importantes períodos históricos, o clássico, das civilizações grega e romana com ideais de simetria e ordem, voltando-se para a natureza de modo racional e o