“Arché” / princípio
“Arché” / princípio
Anaximandro de Mileto: O Apeíron
Anaximandro tinha um argumento: o ar é frio, a água é húmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto um o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível. Anaximandro foi um dos pré-socráticos que mais se diferenciou na sua concepção da arché por não a ver como um elemento determinado, material. Considerava o infinito como o princípio das coisas, e o chamou de apeíron, considerava então, que o limitado não poderia ser a origem das coisas limitadas. Explica que as coisas nascem do infinito através de um processo de separação dos contrários (seco-húmido). "Anaximandro ainda afirmaria que os primeiros animais nasceram no elemento líquido e, pouco a pouco, vieram para o ambiente seco, mudando o seu modo de viver por um processo de adaptação ao ambiente, extremamente coerente com as teorias evolucionistas de Charles Darwin."
“... o ilimitado é imortal e indissolúvel...”'
Tales de Mileto : Água
Para Tales, a arché seria a água. Jostein Gaarder observa que provavelmente ao visitar o Egito, Tales viu que no local onde o rio Nilo alcançava suas águas no momento de sua cheia as terras ficavam propícias ao plantio. Tales observou que praticamente tudo tem água, e onde não se tem água não se tem vida com essa sua concepção finalizou sua ideologia; que o começo de tudo é a água. É preciso observar que Tales não considerava a arché água como nosso pensamento de água líquida, e sim, na água em todos os seus estados físicos. Tudo, então, seria a alteração dos diferentes graus desta. Aristóteles atribuiu a Tales a ideia de uma causa material como origem de todo o universo.
“... a água é o princípio de todas as coisas...”
Anaxímenes de Mileto: O ar
Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, discorda de que os contrários podem gerar várias coisas.