Arcadismo
Em Portugal. o Arcadismo terá início em 1756, data da fundação da Arcádia Lusitana, e perdurará até 1825, data da publicação do poema Camões, de Almeida Garrett;
No Brasil, irá de 1768, com a publicação de Obras Poética, de Cláudio Manuel da Costa, até 1836, quando Gonçalves de Magalhães publicando Suspiros Poéticos e Saudades, inicia o Romantismo.
O estilo Árcade reagirá contra os excessos do Barroco preconizando a restauração dos ideais clássicos, impregnando linguagem poética de simplicidade e racionalismo, a exemplo dos modelos greco-latinos. Neste contexto, o estilo também é conhecido pelo nome de Neoclassicismo; quando reflete as inquietações que preparavam a eclosão do Romantismo, não será incorreto rotulá-lo Pré-Romântico.
Uma importante transformação cultural ocorrerá em terras européias principalmente a partir da segunda metade do século XVIII. Contra as idéias religiosas, retrógradas e medievais, reagirão os ideais Racionalistas e lluministas, que valorizarão o saber, a razão e a inteligência. Este clima de renovação fortalecerá os ideais burgueses em detrimento dos aristocráticos, e prepararão a sociedade para o clímax libertário que se espalharia em seguida (queda da Bastilha, Independência dos E.E.U.U.).
As cidades se desenvolvem e são detectados os primeiros indícios de êxodo rural. Jean Jacques Rousseau, filósofo francês, em sua obra Emílio, dirá que o homem precisa crescer em contato com o campo, já que apenas nele poderá permanecer puro e natural. É a teoria do bom selvagem, que justificaria o "fugere urbe” preconizado nos poemas da escola. Esta onda de transformações chegará a Portugal, onde reina D. José, mas governa o Marquês de Pombal, que procurará modernizar a sociedade portuguesa, expulsando os jesuítas do sistema educacional português.
Esta atitude, em 1756 passou para a história conhecida como Laicização Cultural, já que, em lugar dos jesuítas, foram leigos que