arcadismo
Este poema faz clara alusão à terra natal do autor (Maranhão), e as saudades que o mesmo sente, havendo exaltação do caráter nacionalista e romântico no poema. Este poema foi escrito em Portugal (Coimbra), no período em que Gonçalves Dias estava a cursar direito na Universidade de Coimbra. Marcado por versos simples, em clara oposição as construções barrocas, apresentando boa rítmica (fluidez), é interessante se observar a construção dos versos e estrofes, o poema se faz em cinco estrofes, três com quatro versos e dois com cinco versos, tendo sempre nos versos uma variação de sete a nove silabas, alternado, verso de nove sílabas verso de sete silabas, por exemplo. Mostrando sempre uma oposição “as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”, um comparativo que expressa superioridade das características apresentadas da terra natal em contraposição ao lugar onde ele residia. Estabelecendo dessa forma uma relação amorosa entre o autor e a sua terra natal (característica do romantismo em seu inicio), o que leva ao nacionalismo e a elevação a todo o momento de características naturais (paisagísticas) o que remete a características Árcades (valorização da natureza). Há outras características árcades já ditas anteriormente, como à rítmica utilizada, as forma simples das construções dos versos, a utilização de um tema simples (cotidiano) como a saudade, havendo uma característica singular do Arcadismo Brasileiro que é a referencia a paisagem tropical (palmeiras).
Canto IV
Este poema é um fragmento da saga Juca Pirama, cujo personagem fora capturado por uma tribo inimiga, que possui por costume consumir a carne humana para adquirir atributos do guerreiro que vem a ser deglutido. Em ultimo momento, as vésperas do ritual, o líder da tribo concede as “ultimas palavras” ao prisioneiro, este que argumenta com o Canto IV. Dividirei estas interpretações por blocos, já que o prisioneiro argumenta buscando a sua liberdade, explicitando as dificuldades e