Arawete
Os Araweté são um povo que vivem em uma aldeia à margem do igarapé Ipixuna,afluente da margem direita do Médio Xingu no Brasil, são índios tupi-guaraniformados de caçadores e agricultores da floresta de terra firme. Os Araweté falamde sucessivos deslocamentos a partir de algum lugar a leste (o centro da terra),sempre em fuga diante de inimigos. Toda sua longa história de guerras, mortes efugas, e a catástrofe demográfica do contato com os brancos, se não se apagam damemória araweté, nunca chegaram a diminuir seu ímpeto vital e alegria.
A Cultura Araweté
O nome "Araweté", inventado por um sertanista da Funai, não significa nada nalíngua do grupo. O único termo que poderia ser considerado uma autodenominaçãoé bïde, que significa "nós", "a gente", "os seres humanos".A população imediatamente anterior ao contato era de pelo menos 200 pessoas.Devido às condições em que o 'contato' com a Funai se realizou, a mortalidadecausada por epidemias e desnutrição levou o grupo ao mínimo de 120 pessoas, em1977. Em setembro de 1992 a população chegou a 206, alcançando assim o efectivo da época pré-contato. Em razão do relativo isolamento em que vivem (mais do que àassistência dos órgãos públicos competentes), não tiveram grandes baixas demográficas devido a doenças estrangeiras até o segundo semestre de 2000,quando a população foi acometida por um surto de varicela. Nesse ano, dados da Funasa registravam 278 índios, dos quais pelo menos 218 foram acometidos pela epidemia, resultando em nove óbitos. Os Araweté possuem uma cultura material bastante simples, dentro do horizontetupi-guarani. Isso se pode explicar, em parte, pelo estado constante de alarme e fuga diante de inimigos a que esse povo esteve sujeito nas últimas décadas; e emparte, pelo trauma do contato.Todo homem araweté, desde a adolescência, possui seu arco e flechas; usa essasarmas não só para caçar e pescar, como passeia freqüentemente com elas pelaaldeia, e as carrega orgulhosamente durante as