Aquisição ao de linguagem
Nos processos da aquisição da linguagem a pesquisa acerca da língua se separa em algumas vertentes, cada qual defendida por um ou mais linguistas, interessados em desvendar os mistérios acerca da linguagem humana e como ela é adquirida.
O Behaviorismo é amplamente conhecido no mundo atual. Sua teoria defende que os conhecimentos são adquiridos por experiências vividas, ou por repetições. As aprendizagens se dariam de acordo com a resposta do estímulo que o meio propõe, reforçando-o mutuamente ao longo do tempo. Leonard Bloomfield e Burrhus Skinner são os precursores do behaviorismo na linguística, que afirma que a criança herda a capacidade de pronunciar e repetir sons vocais sob diferentes estímulos, associando-os a palavras, objetos ou ações específicas.
Em contraponto, existe uma concepção chamada Gramática Universal. É explicado que, a partir deste ponto, o ser humano já nasce equipado com uma vasta variedade de conhecimentos linguísticos e não linguísticos (em todas as línguas). Chamamos esta hipótese de hipótese Inatista, ou Gerativista. Seu precursor foi Noam Chomsky, que defende uma codificação genética no organismo humano, que traz informações acerca da capacidade de compreensão de distinção entre os sons da fala e outros sons. Para adquirir a linguagem, Chomsky também acredita que o meio em que a criança está cumpre um papel de acionar esse dispositivo biológico do qual dispomos. Outro estudioso inatista, Andrew Radford, trabalhou sobre outra hipótese: a hipótese maturacional da aquisição da linguagem. Segundo o autor, existem diversas fases para adquirir a linguagem e passar por elas denota uma maturação do organismo, em que categorias lexicais surjam antes das funcionais. São as fases:
Pré-linguística (0 a 12 meses): falta de qualquer manifestação linguística, composta apenas por gestos e balbucios.
De uma palavra (12 a 18 meses): sentenças com apenas uma palavra.