Aquifero fissural
Na região Nordeste do Brasil, desde o início do século, a perfuração de poços tubulares vêm sendo utilizada como uma alternativa para suprir o abastecimento de água de pequenas comunidades e dos rebanhos. Entretanto, apenas a partir do início da década de 60, com a criação da SUDENE e, consequentemente, com o surgimento da Hidrogeologia no Brasil, os poços perfurados nessa região passaram a ter um acompanhamento técnico na locação e perfuração. Porém, pelo fato destas ações serem tomadas de forma emergenciais, muitos destes poços não eram instalados e, até mesmo, eram abandonados quando passava o período de estiagem.
Preocupada com esta realidade, a Secretaria de Recursos Hídricos do M.M.A. instituiu o Programa de Ações Emergenciais de Combate aos Efeitos das Secas. Imbuída no propósito de assessorar a Secretaria, a CPRM Serviço Geológico do Brasil promoveu a confecção desta cartilha, com o objetivo de tentar melhorar o nível de informação técnica dos profissionais envolvidos diretamente neste programa emergencial, a partir do conhecimento generalizado, de forma clara, dos conceitos básicos sobre poços tubulares. Ressaltamos que as noções básicas aqui apresentadas, embora com uma razoável gama de informações técnicas, constitui um texto sumarizado visando atender a emergência requerida pelo programa, devendo o interessado pelo tema, que desejem um conhecimento mais aprofundado recorrer à bibliografia especializada citada no final deste texto.
CONCEITOS BÁSICOS
Poço Tubular: Também conhecido como poço artesiano, é aquele onde a perfuração é feita por meio máquinas perfuratrizes à percussão, rotativas e rotopneumáticas. Possui alguns centímetros de abertura (no máximo 50 cm), revestido com canos de ferro ou de plástico (Figura 1).
Formações Aqüíferas: São as formações (Figura 2) das quais se poderá obter água e poderão ser de dois tipos gerais, rocha consolidada (Aqüífero Fissural [A] e Cárstico-Fissural [B]) e rocha sedimentar não consolidada