Aquicultura marinha

Introdução A aquicultura é uma atividade oriunda de diferentes países da Ásia, com ancestralidade na China. O termo aquicultura engloba todas as atividades que tenham como objetivo utilizar e manipular massas de água naturais e/ou artificiais, para comercialização e produção de espécies aquáticas reclamadas pelo homem para a sua alimentação (HENRIQUES, 1998; FREITAS, 2001; MARTÍN et al., 2005). Nas últimas três décadas (1980-2010) a aquicultura aumentou sua produção mundial cerca de 12 vezes, a uma taxa de crescimento médio anual de 8,8%. Nas décadas de 1980 e 1990 a aquicultura apresentava taxas de crescimento anual de 10,8% e 9,5%, respectivamente, mas desde então caiu para uma média anual de 6,3%, refletindo a vulnerabilidade a impactos adversos de recursos naturais, socioeconômicos, condições ambientais e tecnológicos (FAO, 2012). Segundo a FAO (2012), em 2010 a produção de alimento pela aquicultura foi de 59,9 milhões de toneladas, tendo aumentado cerca 7,5% a partir de 55,7 milhões de toneladas em 2009. Esta produção inclui peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios (rãs), répteis aquáticos (exceto crocodilos) e outros animais aquáticos (como pepinos do mar, ouriços do mar, ascídias e medusas), como pode ser observado na figura 1.

Figura : Proporção de espécies produzidas em 2008. Fonte: FAO, 2010. A Ásia é responsável pela maior parte da produção da aquicultura, apresentando 89% em volume e 79% em valor, sendo a China de longe o maior produtor (Fig. 2). O rápido crescimento na região foi impulsionado por uma variedade de fatores, incluindo as práticas aquícolas pré-existentes, crescimento populacional e econômico. Enquanto o desenvolvimento desta prática na Europa e na América do Norte foi rápido durante a década de 1980 e 1990, mas desde então parece ter estagnado, provavelmente devido a restrições regulatórias ao ambiente e outros fatores competitivos, embora o mercado de peixe e frutos do mar continue a crescer (BOSTOCK et al., 2010).