Aptidões Estratégicas
NASCENTES DO SABER: Criando e sustentando as fontes de inovação. 1ª edição.
AUTORA: DOROTHY LEONARD-BARTON
EDITORA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, Rio de Janeiro, 1998
CAPÍTULO 1: APTIDÕES ESTRATÉGICAS
Este primeiro capítulo trata de um assunto ao qual se está dando uma importância muito grande no estudo da administração moderna: a gestão do conhecimento. É um campo que sempre existiu na administração, entretanto, jamais se houvera dado tanta importância a ele quanto ultimamente. Isso se dá principalmente a fatores como o acesso mais fácil e irrestrito da atualidade a todo tipo de tecnologia e informação disponíveis. Há muitos anos, a tecnologia era mais cara, e de acesso mais restrito, por isso a tecnologia costumava ser o maior diferencial competitivo das empresas. Hoje, porém, só a tecnologia já não garante mais o sucesso de uma organização. Ela continua imprescindível, com certeza, entretanto, não reina mais absoluta. E neste momento, a criatividade do que se pode fazer com a tecnologia é que está gerando uma grande vantagem competitiva contra outras organizações que sabem apenas o básico. É o que a autora chama de aptidão tecnológica estratégica. E esta não pode ser gerida da mesma forma que os bens tangíveis da empresa. Para que se possa gerir as aptidões estratégicas, é primeiro necessário entender o que compõem este conceito. Estas constituem uma vantagem competitiva para uma empresa, por terem sido estabelecidas gradualmente ao longo de determinado tempo, e não são tão facilmente imitadas. Dentro do campo das aptidões, podemos classificar estas em três modalidades: aptidão suplementar, aptidão habilitadora e a aptidão estratégica. Aptidão suplementar é aquela que adiciona valor à estratégica, mas é facilmente imitada, pois não é exclusiva, por estar disponível para consulta no mercado, como técnicas de trabalho, por exemplo. É bom ter essas aptidões, mas elas não são exatamente essenciais, como o próprio nome