aPS 3 SEMESTRE UNIP
A ginástica contemporânea foi construída a partir de determinados modelos, especialmente os métodos ginásticos europeus do século XIX. A partir do século XX, o caráter competitivo passou a ser sua característica marcante, além da finalidade estética, que ganhou notoriedade especialmente a partir das décadas de 1980 e 1990, com o surgimento em massa de academias de ginástica. No Brasil, assistimos no início deste século XXI a ascendência das ginásticas competitivas, conseqüência do destaque de ginastas do país em competições internacionais, tanto na Ginástica Artística (antiga Ginástica Olímpica) quanto na Rítmica, modalidades consideradas tradicionais, em cujos pódios figuravam até algum tempo atrás apenas europeus e americanos. Por outro lado, a ginástica com finalidade estética, praticada especialmente em academias, tem ganhado grande espaço, com a promessa (nem sempre cumprida) de esculpir o corpo por meio de sua prática e promover saúde. Sob estas perspectivas, a ginástica foi se consolidando na sociedade como prática elitizada, em dois sentidos: 1- Na prática competitiva, visto que se sobressaem apenas os melhores ginastas, que alcançaram o ápice da performance e atendem a determinados padrões;
2- E nas academias, visto que grande parte da população não possui recursos financeiros necessários para pagá-las. Vale observar também que, mesmo em aulas de Educação Física escolar, nas quais a ginástica poderia ser abordada sob outras perspectivas, muitos professores optam por sua ausência, alegando falta de equipamentos e espaços necessários. Na realidade, grande parte desses professores, assim como a população em geral, confunde as finalidades das modalidades gímnicas competitivas com a ginástica em si, contribuindo com a manutenção desta elitização. Ou seja, grande parte dos professores não percebe que as diversas manifestações gímnicas podem ser desenvolvidas atendendo aos objetivos educacionais, possibilitando aos alunos valiosas