APS 2014
A medida em Psicologia não se baseia em um ponto zero, como nas ciências exatas, mas numa média que sirva como referência. A interpretação que os testes revelam são dados indicativos, e apesar da padronização minimizar ambiguidades, pode haver contaminação de outras variáveis. Um teste nunca revela a verdade absoluta de uma pessoa. A avaliação psicológica é um instrumento, mas o psicólogo não é obrigado a utilizá-la. Há psicólogos que preferem basear seu diagnóstico em entrevistas, o que é perfeitamente aceitável.
Os testes continuam sendo alvos de críticas por muitos colegas e, em certos meios chegam a ser considerados uma área desprestigiada da psicologia. As críticas mais contundentes partem das correntes humanística e psicanalítica, que vêem no psicodiagnóstico uma forma de classificar personalidades, considerado elas como discriminatória, estigmatizante e reducionista, em vez de considerar a pessoa na sua singularidade e em sua dinâmica.
A constatação de que uma grande parte da categoria e dos estudantes não domina o assunto, representa uma evolução na imagem da profissão que avançou além do paradigma da medição, típica do século XX, representando uma grave falha no processo formativo e de exercício profissional, pois é escasso nas IES, as principais bases e referências técnicas que compõem a principal ferramenta de trabalho profissional, pois, para recolher amostras do comportamento do indivíduo como algo facilitador do diagnóstico psicológico é necessário um profissional qualificado para aplicação do teste e restrição do mesmo.
Por fim, é importante o uso dos testes em sua prática, ao mesmo tempo em que acredita-se que existe um desinteresse pelo uso desse instrumental devido ao preconceito e ceticismo generalizados.
REFERÊNCIAS:
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v12n3/v12n3a11.pdf Acesso em: 04 maio 2014