Apresenta O Teoria Est Tica Adorno
Adorno fala da perda de critérios e de evidencia da arte (bem como a perda relativa do tema da autonomia).
“Tornou-se manifesto que tudo o que diz respeito à arte deixou de ser evidente, tanto em si mesma como na sua relação ao todo, e até mesmo o seu direito à existência. A perda do que se poderia fazer de modo não refletido ou sem problemas não é compensada pela infinidade manifesta do que se tornou possível e que se propõe à reflexão. O alargamento das possibilidades revela-se em muitas dimensões como estreitamento.” (T.E. p. 11) – Passagem citada por Arthur Danto em seu livro sobre O abuso da beleza
Nega a questão da origem e do fundamento contrapondo-a ao ‘ter-estado-em-devir da arte”
“O ter-estado-em-devir da arte remete o seu conceito para aquilo que ela não contém. A tensão entre o que animava a arte e o seu passado circunscreve as chamadas questões estéticas de constituição. A arte só é interpretável pela lei de seu movimento, não por invariantes.” (T.E. p. 13)
Comentário: “É cômodo ficar preso aos cânones consagrados e, ignorando a origem histórica e o caráter ideológico e mutante desses próprios cânones, tomá-los por invariantes universais.” (Marco Antônio Alves).
Finalmente aborda o problema hegeliano da morte da arte, sem cair no “romantismo tardio”
Segundo o próprio Hegel, para nós modernos, a arte já não produz mais o respeito absoluto (o divino): podemos admirá-las, mas não caímos mais de joelhos diante dela. Fim das narrativas grandiosas. Não tem valor absoluto. Hoje talvez somente a ciência produza este tipo de respeito
Comentário: Adorno aborda o tema sem ser nostálgico. É a observação da variedade e pluralidade observada na arte contemporânea que o impede de apresentar um conceito de arte a partir de uma invariante universal. Desde o inicio do século XX os critérios de originalidade, unidade e coerência são sistematicamente colocados em questão. Adorno quer compreender a arte após o fim da arte, ou após a