Aprendizagen da criança comdeficiencia visual
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Aprendizagem da criança com deficiência visualNo desenvolvimento sócio afetivo da criança com deficiência visual é importante analisar o fenômeno do apego que a criança apresenta nos primeiros anos de vida e que dependerá da interação entre o adulto e o bebê. Segundo Batista e Enumo (2000), o comportamento de apego se traduz pelos comportamentos de expansividade emocional seletiva para determinadas pessoas, respostas positivas para um grupo restrito de pessoas (geralmente os pais e familiares mais próximos) e respostas negativas para as demais pessoas ("medo de estranhos").
Embora os comportamentos da criança que irão aliciar a reação do adulto (chorar, sorrir e agarrar) não dependerem diretamente da visão, a formação do apego na criança com deficiência visual pode enfrentar dificuldades em função do comportamento do adulto na interação com ela, que pode não ser veiculado adequadamente pelos canais de comunicação perceptíveis para criança, como por exemplo, o auditivo ou táctilo-cinestésico.
Bee (1984) cita um estudo com um grupo de bebês com deficiência visual, que sorriam menos e não mostrava o fitar mútuo. A maioria dos pais desses bebês com deficiência visual, depois de diversos meses, começou a achar que seus bebês os rejeitavam; ou concluíram que os bebês estavam deprimidos. Esses pais sentiam-se menos ligados a seus filhos com deficiência visual do que aos outros filhos.
Podem ocorrer diversas mudanças se a ligação dos pais com a criança não se desenvolver totalmente. No caso das famílias citadas por Bee (1984), as mães cada vez mais evitavam o bebê com deficiência visual, elas supriam as necessidades de cuidado físico, mas deixavam de brincar com os bebês, de tentar aliciar sorrisos ou outras interações sociais.
Contudo, a autora verificou que é possível resolver parte do problema, ajudando as mães a "ler" outros sinais do bebê. O rosto da criança com deficiência visual pode ser relativamente sóbrio e inexpressivo, mas