aprendizagem
Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de o conhecer a ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio". - O anseio da verdade -não de uma verdade parcial, mas cabal- é algo que está presente no coração do homem desde o princípio. Como nos faz considerar o Papa logo no início da Encíclica, basta um simples olhar pela história antiga para ver com toda a clareza como surgiram simultaneamente, em diversas partes da terra e nas mais diferentes culturas as questões fundamentais da existência humana: "Quem sou? Donde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que existirá depois desta vida? Estas perguntas encontram-se nos escritos sagrados de Israel, mas aparecem também nos Vedas e no
Avestá; achamo-las tanto nos escritos de Confúcio e Lao-Tse, como na pregação de Tirtankara e de Buda; e assomam ainda quer nos poemas de Homero e nas tragédias de Eurípides e Sófocles, quer nos tratados filosóficos de Platão e Aristóteles. São questões que têm a sua fonte comum naquela exigência de sentido que, desde sempre, urge no coração do homem: da resposta a tais perguntas depende efetivamente a orientação que se imprime à existência." - Embora essa encíclica tenha sido dirigida aos Bispos e, através deles, aos teólogos e filósofos, sua mensagem interessa sem dúvida a todas as pessoas, ao homem da rua, pois é esse convite a pensar na verdade. - Se nós não pensarmos, outros fatalmente pensarão por nós e marcarão as nossas idéias e padrões, quase que sem percebermos. Através dos slogans, da moda, etc., acaba por impor-se uma ideologia, uma espécie de filosofia simplista, sobre a qual não tivemos arte nem parte, e passamos a segui-la sem reflexão, como os bois seguem a manada.