aprendizagem segundo Kupfer
A aprendizagem segundo Freud
O que leva a criança a querer aprender? O processo de aprendizagem depende da razão que motiva a busca do conhecimento. A criança tem a necessidade de definir seu lugar no mundo, e esse lugar é, a princípio, sexual.
A interpretação da descoberta da diferença sexual anatômica é de suma importância. A descoberta da diferença anatômica depende da passagem pelo complexo de Édipo, onde a criança extrai da relação com o pai e a mãe as referências para se definir como homem ou como mulher.
Esta descoberta implica entender que, de alguma forma, alguma coisa falta. Logo, surge a angústia das perdas, que Freud chamou de angústia da castração.
A angústia das diferenças é que faz a criança querer saber, o que a leva para as investigações sexuais infantis, que são baseadas nas perguntas sobre a origem das coisas.
Ao final da época do conflito edipiano, parte da investigação sexual é reprimida e sublimada em pulsão de saber. O desejo de saber associa-se ao de sublimar, dominar e ver.
Sublimar: deslocamento inconsciente dos interesses sexuais para os não-sexuais. A força de pulsão continua estimulando a perguntar.
Pulsão de domínio: associada à idéia de curiosidade sádica. Muitas vezes, depara-se com a pulsão de morte, que tende a ser reprimida.
Pulsão visual: fantasia da cena primária, onde a criança representa sua origem e se identifica com o pai ou a mãe.
Mas já se disse que essa pulsão, sublimada, transforma-se, após a associação com a pulsão de domínio, em “pulsão de saber”. Transforma-se em curiosidade agora dirigida, porque sublimada, a objetos de modo geral. “São seus derivados o prazer de pesquisar, o interesse pela observação da natureza, o gosto pela leitura, o prazer de viajar (ver coisas distantes e novas) etc.” (p. 83)
Diferença radical entre psicanálise e cognitivismo (Freud VS Piaget): inteligência emerge a